domingo, 12 de janeiro de 2014

Top Álbuns de 2013- Escolhas do Staff do Blog




Pedro Santos
( Mufasa, Punkrias, Grito Insular)

1-Tribulation- The Formulas of Death
"Já o album anterior, "The Horror", era dos melhores álbuns de Death Metal daquele venenoso e old school (como se quer) recentes, mas com este, os suecos expandiram o seu som até um monstro que acaba por ser só seu. Atmosférico, riffs a dar c'um pau, tudo embrulhado num som orgânico a soar estranhamente natural e aventureiro. Os Tribulation mostram o que significa Death Metal feito com feeling, sem precisarem de se perder no meio de blast beats e escalas masturbatórias. It's all about the twisted melodies man!


2-All Pigs Must Die- Nothing Violates This Nature
"Um super projeto que é um caso raro, por realmente resultar! Os membros de Converge (com ainda o Kurt Ballou, dos mesmos, a produzir o album), The Hope Conspiracy e Bloodhorse pegam nas suas influências de Hardcore Punk, Death Metal, Black Metal, Crust e D-Beat e chamam uma besta de àlbum que contém praticamente tudo o que adoro na minha música, desde dissonâncias negras ao riff mais "à homem", sempre molhados numa chuva de D-Beats e Boss HM-2.


3-Kvelertak- Meir
"Não sei como é possivel não gostar de Kvelertak, são das maiores lufadas de ar fresco na musica pesada atual, a sua maneira de fundir o Rock n' Roll clássico com as suas raízes norueguesas de Black Metal resulta em hinos atrás de hinos e fazem-nos sentir como um viking bêbedo perdido no tempo num pub moderno a pedir por mais uma caneca! Nunca os Darkthrone e os Guns n' Roses se deram tão bem. (Tambem com uma excelente produção de Kurt Ballou)



 4-Clutch- Earth Rocker
"Este foi daqueles àlbuns que me apanharam de surpresa, primeiro, por não estar familiriarizado com o som da banda, e por não saber que tinha tanto "Rock n' Roll swagger" em mim, mas parece que é isso que os Clutch despertam em quem os ouve com este novo álbum, é impossivel resistir ao charme de musicas como "D.C Sound Attack", "Earth Rocker" ou mesmo não puxar o nosso lado mais melancólico com a bluesy "Gone Cold". Num mundo perfeito passariam isto em discotecas, way more room for groovin' baby.


5-Nails- Abandon All Life
"É uma batata na boca que de deixa os lábio inchados e no entanto não deixas de gostar. São 18 minutos de sova, injetados de adrenalina à Entombed e à urgência de Powerviolence e Grindcore, que no meio de tanto D-Beat e Blast Beat, ainda tempo para o groove impossível da "Wide Open Wound", que prova que não são precisos breakdowns desnecessários para fazer uma música mais pesada que a Honey Boo Boo, precisa é ter feeling e saber o usar o Hardcore no "core". Ah e guess what? Tambem foi produzido pelo Kurt Ballou, parece que tudo o que o gajo toca transforma-se em ouro.

6- Beastmilk- Climax
"Estes foram das revelações do ano, músicos de Black Metal da Finlândia juntam-se com um vocalista americano para celebrar as suas influências de Death Rock, criando o que chamam de "Apocalyptic Post-Punk". Refrões inesquecíveis, composições negras mas no entanto acessíveis e melodias que ficam e nao saem. Danzig, The Cure, Sisters of Mercy, Joy Division... tudo o que for negro e arockalhado.(Ah, e também foi produzido pelo Ballou, e mais uma vez a teoria de Midas se confirma.)


7-Orchid- Mouths of Madness
"Este é daqueles que nos metem numa máquina do tempo, transportam-nos para uma loja manhosa de discos, nos anos 70, e o dono hippie da loja aconselha-nos uma pérola que não muita gente conhece, mas deviam! É total homenagem aos Black Sabbath e Led Zeppelin (sem esquecer os Pentagram), com músicas com tanta gana e "catchiness" que nos fazem lembrar a primeira vez que ouvimos o riff da "Iron Man" ou da "Whole Lotta Love".



 8-Power Trip- Manifest Decimation
"THRAAAAASH! Um grande dedo do meio levantado à produção digital de hoje em dia. Pegam nos clássicos do Thrash mais crus como os Exodus e Slayer e metem-nos no ringue com os Discharge e Black Flag onde acaba tudo a ir ao bar, com olhos negros, beber uma cerveja todos juntos! Pura celebração dos anos 80, para o pessoal que gosta do "how it used to be".




9- Grave Miasma- Odori Sepulcrorum
"Finalmente depois de tanto culto só com apenas 2 EPs, a banda lança o seu primeiro Full Length, que é uma daquelas bestas que crescem com cada audição. Os Grave Miasma criam um mundo a partir do seu Death Metal, onde imagems de nevoeiro, rituais de religiões macabras e sacríficios se formam com a atmosfera criada pelas melodias distorcidas das guitarras e voz sussurrante. Continuam das bandas mais interessantes nesta vaga de cópias dos Incantation, exatamente por saberem usar as suas influências para criar algo seu!


10-Uncle Acid and the Deadbeats- Mind Control
"É impossivel resistir ao charme destes. Com letras inspirados nos filmes de terror setentistas e uma sonoridade sem nunca fugir a essa mesma década (apenas para os 60s), injetam todo o "fuzz" possivel nas guitarras e escrevem canções com uma atmosfera "trashy", suja e... cheia de "fumos". É basicamente um filme de grindhouse em música, é o Last House on the Left do rock. Louvados sejam os Black Sabbath.




 11-Portal- Vexovoid
"Apesar de não ter aquela produção horrivel (no bom sentido) do último album, os Portal ainda se recusam a ser convencionais, ainda parece que tocam riffs e beats ao contrário, ainda continuam a fazer a soundtrack mais apropriada para a hipotética chegada de Cthullu e é por isso que ainda os adoro.





 12-Windhand- Soma
"Com um sentido muito mais apurado de composição desde o seu primeiro àlbum, os Windhand neste "Soma" decidiram dar mais atenção à "catchiness" que às vezes até lembra Alice in Chains, até mesmo a voz parece ser o Lane Stanley se fosse invocado durante uma "seance" e lhe dessem um disco pedido dos Black Sabbath. É tudo um "build up" para o mastodonte de Doom que é ultima música!




13-Watain- The Wild Hunt
"Erik e compainha continuam a cagar-se pra tudo e pra todos no verdadeiro espirito Black Metal, desde epic-ballads como a controversa "They Rode On" a hinos de Black n' Roll como a "Outlaw", os Watain continuam na frente do Black Metal moderno, mesmo por não se limitarem ao que é suposto.





 14-Dillinger Escape Plan- One of us Is the Killer
"É um desfilar de violência caótica como só os Dillinger sabem fazer, partem-nos a cara com "Prancer" e colam melodias na cabeça durante dias com a faixa título, grande álbum.







15-Lost Society- Fast. Loud.
"Putos dos 16 aos 20, da Finlândia, com uma carrada de riffs demolidores, refrões com tomates e cujo único objetivo é partir o pescoço, é energia e feeling do princípio ao fim!







16-Primtive Man- Scorn
"Se os riffs desse álbum fossem uma arma, despotelava uma nova Guerra Fria, um exercício de misantropia, peso e negrume"








17-Autopsy- The Headless Ritual
"Os míticos Autopsy de volta! Sempre foram conhecidos pelos seus riffs retorcidos, melodias macabras e letras de mau gosto, e a sua mistura de Black Sabbath, Discharge e Death Metal porcalhão continua tão fresca como era antes!






18-Chelsea Wolfe- Pain is Beauty
"Porque nem tudo tem que ser feio, o segredo da música dark-pop/Doom/Neo-Folk actual reside nesta grande senhora, que fez este grande álbum de música negra mas no entanto bonita, ainda é relativamente desconhecida (apesar das pseudo-bizarrices à la Lady Gaga estarem na moda), mas não deve tardar o reconhecimento mundial merecido a uma artista que fala pela música e alma a não pelo rabo.




19-Obliteration- Black Death Horizon
"Álbuns destes metem-me um sorriso na cara: produção orgânica, riffs carregados de veneno na veia dos trabalhos clássicos dos Morbid Angel, groove à Autopsy e Nihilist/Entombed e toda a aura de misticismo que coisas como os Grotesque e Incantation continuam a apelar hoje em dia, Death Metal puro e no entanto aventureiro, aprendam!




20-Enforcer- Death By Fire
"Ás vezes queremos é fazer air guitar e ter hinos de Heavy Metal puro para berrar, e os Enforcer são os mestres disso, parecem uma pérola dos anos 80, com uma mistura de Motley Crue, Metallica (da era Kill 'Em All) e melodias da NWOBHM, riffs e mais riffs, refrões mais e mais catchy, porque às vezes basta isso. Ah, e produção totalmente a condizer, claro.








Menções honráveis:

Gorguts- Considered Death- Um dos muitos grandes regressos deste ano, os reis do vanguardismo no Death Metal continuam com arguementos pra matar tudo.
Carcass- Surgical Steel- Outro grande regresso, os grandes Carcass a fazerem um álbum como se tivessem a genica dos 18 anos!
Black Sabbath- 13- OUTRO GRANDE REGRESSO! Não há maneira dos riffs do Iommi e da voz (ainda com aquele tom mórbido) do Ozzy não fazerem um grande álbum.
Motorhead- Aftershock- Não é um regresso, porque o Lemmy  sempre andou a debitar Rock n' Speed n' Roll á quase 40 anos, e continuam a saber como fazê-lo melhor que ninguém.
Dead in the Dirt- The Blind Hole- É castanhada, pura e dura, e mesmo que o pedal HM-2 comece a ser cliche, os Dead in the Dirt mandam-te foder e partem-te a cara a cada música.
Blood Ceremony- The Eldritch Dark- Doom Rock oculto, com toda a magia celta, flauta e tudo, com grandes canções e riffs, uma pérola de banda e das melhores nesta nova vaga de Occult Rock.
Gnaw- Horrible Chamber- É feio e assustador, nem consigo ouvir no escuro, mas o peso e atmosfera de tortura é incomparável.
The Haxan Cloak- Excavation- A mesma coisa que o anterior, mas este é apenas Dark-Ambient, e que ambiente, nem consigo ouvir ás escuras, mas é um grande projeto numa veia introspetiva que vai apelar a todos que se atraiam pelo terror.
Black Code- Hanged, Drawn and Quartered- Porque tem das minhas combinações favoritas: Death Metal Sueco + Hardcore, e com este groove e peso, ninguem quer saber se ja começa a ficar velho.



Edgar Fernandes
 ( Through the Silence, Grito Insular)

1-Amon Amarth - Deceiver of the Gods
É Amon Amarth e basta, simplesmente das minhas bandas favoritas, e este álbum não me desiludiu em nada em relação  aos anteriores.







2-Persefone - Spiritual Migration
Esta é uma banda progressiva melodeath da Andorra, se calhar menos conhecida por muitos, mas que já acompanho à algum tempo (4  anos), e este 4 álbum voltou me a surpreender e que não fica nada atrás dos anterior álbum. (Shin-Ken )







3-Killswitch Engage - Disarm the Descent
Regresso de Jesse Leach a banda e voltaram as origens. Só podia ter um resultado, e este foi o Disarm the Descent, um exelente álbum de metalcore dos U.S.A., que eu destaco desde já a "In Due Time" e "New Awakening".






4-Dark Tranquillity - Construct
Dark Tranquility é uma das bandas que iniciou o melodic death, ou Gothenburg metal e com este 17º registo deles continuam a mostrar que ainda têm cartas a dar.







5-Born of Osiris- Tomorrow We Die ?live
Por ultimo Born of Osiris, foi uma banda que começei a seguir à relativamente pouco tempo, mas desde logo surpreendeu-me pela sua mistura de teclados com metalcore/deathcore e este álbum é um bom exemplo disso.











Francisco Xavier
(Grito Insular)

1-Lustre – Wonder 

Nem sei bem o que escrever quanto a este trabalho, mas de uma coisa eu tenho a certeza. Foi das melhores coisas que alguma vez ouvi. Lustre é diferente de tudo o que vi até hoje, e tem um som Atmospheric/Black muito particular. O primeiro factor que notamos ao ouvir este projecto, é que as musicas são extremamente repetitivas, e os Keyboards mantem-se basicamente iguais ao longo de cada uma das tracks. No entanto, não é aquele repetitivo que nos faz ficar enjoados. Muito pelo contrário, de certa forma funciona como uma droga sonora. Not sure se podemos caracterizar este projecto como “Metal”, visto que não existem riffs nem solos, apenas notas que são tocadas na guitarra por longos períodos de tempo para acompanhar os keyboards.
Admito, não é um álbum para toda a gente. Ou adoras, ou simplesmente não é coisa para ti. A razão deste álbum estar no topo da minha lista, é o facto dos “moods” criados por este serem únicos, e cabe a cada um interpretar este trabalho da forma que achar melhor.

“Go into this album with the proper mindset and be sucked into Nachtzeit’s surrealist view of the world.”


2-Thyrfing - De Ödeslösa

É o segundo álbum da banda. Embora o seu som seja mais virado para o Viking, é possível distinguir algum black em algumas tracks.  Comparo este álbum com alguns trabalhos dos Moonsorrow.
 O álbum começa bastante bem com a track “Mot Helgrind” (que acaba por ser a minha favorita)  e continua bem até à “kamp”. Não digo que seja uma má música, apenas sou da opinião que não se enquadra com o resto do álbum. Outras tracks a destacar são a Venners förfall e a Relik.
Acho que o balanço entre as melodias catchy e os riffs pesados está muito bem feito, sempre com uma atmosfera bastante “Dark”, e apresenta-se bastante sólido a maior parte do tempo.




3-Gwydion – Veteran

Como não é só o que vem de fora que é bom, Veteran é um álbum que cumpre bem o seu papel, mas como apreciador de Folk, tenho de falar no vazio que existe em relação ao álbum anterior (que na minha opinião, está bastante superior).
Eles desta vez, abandonam um bocado a “cena” Viking, e contam a história de um Guerreiro Lusitano, desde a sua nascença, até ao fim dos seus dias. Temos a “Math of War” (música usada para realização de um Videoclip, que contou com a ajuda da Espada Lusitana) que a partir de 1:41 faz lembrar um pouco aquelas musicas de batalha de “Lord of the Rings”, “Trail to a New Land”, uma track que começa com uns coros que na minha opinião são perfeitos para criar aquele mood de “EPICNESS!”, “Brewed to taste like Glory” que é acaba por ser uma “Drinking Song”, que nos dá logo vontade de entrar por um PUB adentro, e pedir uma caneca gigante de Mead. Por fim, temos “Veteran”, com os seus refrões bastante bem compostos, que nos ficam a martelar na cabeça.
Este álbum conceptual vai com certeza agradar a quem gosta de um Folk pesado.



4-Kalmah - Seventh Swamphony


O Swamp Lord está de volta, com um álbum que consegue ser um dos melhores da banda, e onde se nota uma evolução dos elementos. Riffs bastante poderosos, combinados com melodias rápidas. O que pode correr mal?
 Destaco “Pikemaster” e “Black Marten's Trace” como duas das melhores tracks.

5-Trollgasm - the northen winds
Apesar de conter 9 faixas, a duração total é de apenas 25 minutos. Com a ajuda de synths, conseguem criar um ambiente, que faz logo lembrar uma floresta habitada por Goblins e Trolls. Depois os instrumentos tradicionais também ajudam também a dinamizar a coisa. Destaque para a “Humppa Humppa” que começa com um throat singing muito interessante, e para a “Goblin’s Song”.
Excelente para quem gosta de trollfest ou Fintroll.

5-Trollgasm - the northen winds
Apesar de conter 9 faixas, a duração total é de apenas 25 minutos. Com a ajuda de synths, conseguem criar um ambiente, que faz logo lembrar uma floresta habitada por Goblins e Trolls. Depois os instrumentos tradicionais também ajudam também a dinamizar a coisa. Destaque para a “Humppa Humppa” que começa com um throat singing muito interessante, e para a “Goblin’s Song”.

Excelente para quem gosta de trollfest ou Fintroll.


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